Regra dos 6% – Gerenciando o risco do capital no mês
Olá amigos investidores, sejam muito bem-vindos a nossa sala de aprendizado. Eu sou Dalton Vieira e explicarei neste vídeo sobre a regra dos 6% no mercado de renda variável.
Conceito
Vimos em outro vídeo de aprendizado como controlar o risco do capital por operação usando a regra dos 2%. Esta regra visa impedir que o prejuízo de uma operação comprometa mais do que 2% do seu patrimônio destinado ao mercado.
Mas e se você tiver uma sequência de operações malsucedidas, qual é o limite de perda acumulada do seu capital? É recomendável que o risco do capital por mês não seja superior a 6%. Por exemplo, imagine que você tinha ao final de janeiro R$20.000,00. Logo, o saldo negativo das operações no decorrer de fevereiro não deve ultrapassar os R$1.200,00 (6% de R$20.000,00).
Caso isto ocorra, evite operar no restante do mês. O objetivo principal é fazer com que sua conta sobreviva a uma sequência de operações malsucedidas. Além disso, você poderá avaliar se é um momento ruim do mercado ou se seus critérios de entrada não estão adequados para o momento atual.
Exemplo 1
Para um melhor entendimento vamos ver na prática como usar a regra dos 6% em conjunto com a dos 2%. Suponhamos que o seu capital ao final de um mês é de R$50.000,00. Logo a sua conta não pode reduzir mais do que R$3.000,00 (6% de R$50 mil), ou seja, não pode ficar abaixo de R$47.000,00 no próximo mês.
Imagine que a 1ª compra que você fez foi da PETR4. No dia seguinte surge uma oportunidade de compra na VALE5 e você resolve abrir mais uma posição. Considerando o risco de cada operação sobre o capital total igual a 2%, o risco total do capital é igual a 4%.
Na mesma semana surge um nova oportunidade de entrada e você então resolve comprar a ITUB4. Agora temos três operações expondo seu capital a um risco de 6%. Em outras palavras, caso estas operações acionem o stop de perda, seu patrimônio sofrerá uma redução de 6%.
Colocando em prática a regra dos 6%, você poderia abrir uma nova posição? Não. Por quê? Excelente, porque você estaria expondo seu capital a um risco superior a 6%. E se a compra da PETR4 ou VALE5 for encerrada com prejuízo, posso abrir uma nova posição? Não, pois você continuaria comprometendo mais do que 6% do capital ao acionar o stop de perda de todas as posições abertas.
Exemplo 2
Ainda usando o exemplo das 3 operações em aberto, PETR4, VALE5 e ITUB4, quando seria possível abrir uma nova posição? Somente se uma das operações em aberto chegar ao objetivo de lucro. Por exemplo, suponhamos que a PETR4 atingiu seu objetivo de lucro de 2%, proporcionando um crescimento de R$1.000,00 (2% de R$50.000,00) no capital.
Desta forma, o capital total passou a ser de R$51.000,00. O que muda com o crescimento do capital? Apenas o número de operações que é possível abrir simultâneamente. Logo, agora seria possível abrir mais 2 novas operações, além das duas (VALE5 e ITUB4) que estão em andamento.
Você então decide comprar BVMF3 e GGBR4, além das posições abertas em VALE5 e ITUB4. Caso todas operações acionem o stop você terá uma perda acumulada de R$4.000,00, visto o risco do capital de 2% para cada operação. Neste caso, seu capital seria reduzido de R$51.000,00 para R$47.000,00.
Esta redução do capital atingiria o limite de perda do mês de 6%, referente ao capital total existente no fechamento do mês anterior (R$50.000,00). E agora, o que fazer? É recomendável que você não abra mais nenhuma operação até o final do mês, conforme já mencionado neste vídeo.
Aproveite o restante do mês para reavaliar suas estratégias operacionais, de acordo com o momento atual do mercado. Antes de retomar as operações no mês seguinte, lembre-se de recalcular o seu capital disponível para aplicar novamente a regra dos 6%.
Etapa concluída
Parabéns! Você concluiu mais uma etapa. Espero sempre contar com a sua presença na nossa sala de aprendizado. Muito obrigado!
Recomendo!
Veja também nosso artigo sobre Regra dos 2%. Deseja continuar o aprendizado? Simples, acesse o menu Aprenda>Blog do site e desfrute dos diversos vídeos e artigos disponíveis.